
Uma das características do gato é que ele dorme a maior parte do tempo. A outra característica marcante, e que poucas pessoas sabem, é que ele é um dos únicos animais de seu reino que não admite ser propriedade de alguém. Ou seja, os gatos, ao contrário dos cães, pensam que são os donos dos seres humanos e que nós somos sua propriedade, isso explica o porquê de muitos gatos sentirem ciúmes de seus donos e até tratá-los com certa rejeição algumas vezes. Esse espírito felino é o espírito mais coerente para comparar com a igreja nesses dias.
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Por exemplo, as músicas “de adoração” a Deus. Uma música bem conhecida diz o seguinte: “...se o mar não se abrir, Deus VAI me fazer andar por sobre as águas.” E eu creio que se um ET de um planeta distante, desconhecedor do Reino de Deus, chegasse a nossa cidade hoje, a primeira coisa que ele questionaria seria: “Mas, vem cá! Deus não é o soberano que reina sobre vocês?” E nós diríamos: “Sim!” “Então, porque vocês dão tantas ordens para Ele? Ele não pode deixá-los se afogar um pouco até que vocês aprendam algo?” Além dessa, existem várias outras, esses dias eu estava escutando uma dessas rádios evangélicas (piratas por sinal - pois, a maioria é proibida pela ANATEL) e tocava uma música que dizia: “O meu diário só tem páginas de vitória...” E uma outra que narra a história de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e na letra a cantora narrando um dos três personagens canta: “Deus com certeza vai me livrar dessa fornalha!”
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No entanto, numa breve olhada ao texto bíblico nós constataremos duas coisas, a primeira delas é que Jó perdeu tudo o que tinha, perdeu seus dez filhos, suas propriedades, sua esposa e sua saúde e isso não me parece nem um pouco com vitória, na verdade, a vitória que reinou na vida de Jó foi a vitória da confiança. E no segundo caso, dos três jovens leais, Daniel não escreveu que eles disseram dessa maneira, o que está escrito é: “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.” Daniel 3:17,18
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Parece que estamos tentando forçar Deus a fazer a nossa vontade. Não agimos como servos piedosos clamando e dizendo: “Senhor, está tudo em Tuas mãos, não está como eu gostaria, mas eu confio que tu tens o melhor pra mim.” O felino acaba falando mais alto do que o servo e mandamos em Jesus, somos patrões do Reino e não servos do Reino. “Faça isso Jesus, agora faça aquilo...” e quando Jesus não responde as nossas orações ou quando Ele faz o que quer, porque Ele é Rei, nós ficamos emburrados, decepcionados e frustrados. Perdemos a fé e a confiança. A falsa fé e a falsa confiança. Já que, nossas motivações não eram as motivações corretas.
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Isso é apenas um dos exemplos que eu posso dar, nós poderíamos passar horas e horas estudando a respeito dos gatos e comparando-os com os seres humanos. Principalmente com os cristãos. Um desenho bem conhecido e que faz uma perfeita analogia do que estou dizendo é o Garfield, aliás, o Garfield está mais presente em nossas vidas do que pensamos. Veja bem, os temas mais comuns apresentados por Garfield são: tédio e televisão. Tédio: Garfield vez ou outra não tem o que fazer e fica olhando pro teto, filosofando. Televisão: o preguiçoso gato adora a telinha - e quando a assiste, se depara com programas simplesmente indescritíveis e filmes como "O Monstro de Lama". E esse é o quadro habitual de muitos de nós. Temos uma função automática programada em nossa mente, quando não temos nada pra fazer (achamos que não temos, pois, sempre há o que ser feito) ao invés de investirmos nosso tempo “livre” no Reino ou em nosso crescimento espiritual, nos exercitando espiritualmente, com a disciplina da oração e da leitura da Palavra de Deus, nós estamos olhando para o teto deixando a vida passar, ou na frente da televisão.
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Obviamente que a televisão não diz respeito somente ao aparelho em si, está relacionada a todo tipo de passatempo inútil dos quais temos nos lançado a fazer, seja internet, leituras banais (revistas de fofoca, etc.) ou qualquer tipo de futilidade que alimenta nossa mente. E se a boca fala o que está no coração, então, temos muito a melhorar. Assim como os gatos nós precisamos sair do estado da negação e entender que Deus não é nossa propriedade, o tempo não pertence a nós e que fomos criados para glorificar a Deus, inclusive, glorificar a Deus significa fazê-lO conhecido, isso quer dizer que toda nossa vida, deve ser investida em anunciar o Reino de Deus, não precisamos anunciar somente com as nossas bocas, podemos glorificá-lO enquanto, comemos, enquanto lemos, enquanto trabalhamos, estudamos, etc.
Não sejamos mais como o gato, que dorme a maior parte do tempo esperando a hora certa para gastar sua energia, e diga-se, ele só gasta sua energia com seu egocêntrismo, só se gasta naquilo que ele quer. Além disso, tem muita gente dormindo e esperando a hora certa, mas eu nunca vi Deus chamando nenhum acomodado na história bíblica, “Deus não chama vagabundo” como diz o pastor Rina da Bola de Neve e, realmente, vamos concordar que Deus só chama quem está atuando, Ele não tem jogador reserva.
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Amém....Sempre diminuindo o nosso eu para Cristo cresca na gente...
ResponderExcluirNosso egoísmo faz com que Deus não seja Rei e sim servo, atendendo nossos pedidos.
ResponderExcluirQue o Senhor nos ajude a não perdemos tempo com coisas banais e sim buscarmos investir nosso tempo para as coisas do Reino!