Daniel 3:11-30

Ao ler o texto, a primeira coisa que vem em nossa mente é: “Cara, queria ser um desses jovens.” Ou ainda, “Imagina só a cara de Nabucodonosor.” Sim, são duas imagens imprescindíveis. Não é só você quem pensa nisso, todos pensam o mesmo. Muita gente consegue enxergar outras coisas no texto. Num estudo que o GAJ fez, por exemplo, algumas questões surgiram, uma delas é: Será que só haviam esses três judeus no país? Ao fazer um estudo mais amplo da bíblia e do contexto da Babilônia constatamos que não. Existiam outros judeus e isso quer dizer que os únicos que não se prostraram foram os três.
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Não sabemos muita coisa sobre os três judeus, mas podemos descobrir por meio de uma exegese profunda, o que não vem ao caso por enquanto. O que temos que entender é a essência fundamental da leitura. Vamos analisar o contexto histórico, bem rapidamente: os judeus foram dominados pelo império da Babilônia por causa da sua infidelidade a Deus. Quando se tornaram escravos alguns deles iam para os trabalhos forçados como lapidar pedras, construir imagens de ídolos, forjar metais, etc. e outros, mais intelectuais, eram selecionados para possuir postos mais elevados, os três judeus foram colocados sobre os negócios da província da Babilônia, em outras palavras, eles eram instruídos.
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Eram judeus que trabalhavam em funções de destaque, que causou certa inveja nos caldeus, ou não. A percepção que temos é que os caldeus fizeram questão de acusá-los perante o rei, e você compreende que quando uma pessoa acusa alguém significa que essa pessoa ficou cuidando e sondando todas as atitudes da outra pessoa. Deu para compreender? Os caldeus estavam olhando tudo que os judeus faziam a fim de achar alguma falha neles, isso é compreensível. Os judeus não deixaram de ser inimigos, mesmo subjugados ainda eram inimigos dos povos da Babilônia. E o diabo (do latim diabolus, por sua vez do grego antigo διάβολος, transl. diábolos, "aquele que separa", mas que também pode ser traduzido por acusador.) não ia perder essa oportunidade de se levantar contra aquele que é fiel a Deus.
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Então ser fiel a Deus tem um preço? Sim, tem um preço. Para os judeus do nosso texto o preço era o de ser jogado na fornalha, e obviamente pagar a fidelidade com a própria vida. É um texto de muitas percepções e interpretações, mas o ponto principal é da fidelidade desses homens de Deus. Visto que eles viviam num contexto opressor, onde era muito comum, natural e banal adorar ou se prostrar, até mesmo por cerimônia, a outros deuses. Além disso, eles serviam ao rei numa alta posição social, e deixar de cumprir as leis os colocaria em perigo, não só de morte, mas também de serem levados para trabalhos mais humilhantes e perderem seu prestígio, isso no caso de uma lei mais amena. Outro aspecto histórico importante, era a Babilônia, que para muitos representa a propria perverção. Uma terra com alta tecnologia, muito entretenimento e muita oportunidade de pecar. Assim como hoje o culto a beleza era bem comum e as pessoas formavam grupos sociais e panelas.
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Nem por isso os crentes deixaram de ser fieis, eles decidiram ir até a morte para defender seus ideais e seus princípios. Não se deixaram levar pelo prestígio nem se ludibriar pelo mundo e suas atrações. O mais engraçado disso, é que a confiança deles no Altíssimo era tamanha que ainda disseram ao rei que se Deus quisesse os livraria, e que se não quisesse eles não se prostrariam da mesma maneira. E não, Deus não os livrou do fogo, não os livrou da prova, mas os livrou na prova. Essa pequena troca de concordância do artigo “da” para o artigo “na” faz toda a diferença em sua vida. Tenha fé, é disso que a juventude precisa hoje em dia. De jovens que não neguem a Cristo e que não coloquem seus valores a perder por causa de uma mera fornalha.
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Num tempo no qual o amor de muitos se esfriou, Deus ainda está à procura de corações em chamas. Escrevi essa frase junto com um amigo meu chamado Fernando, ela expressou tudo que eu senti ao ler essa parte da bíblia.

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