O dom que devemos desenvolver

"Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência: ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres ou que entregue meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor nada disso me aproveitará. O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente. Não procura seus interesses, não se exaspera. Não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera. Tudo suporta. O amor jamais acaba. Mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará. Porque em parte conhecemos, em parte profetizamos. Quando porém vier o que é perfeito, o que então é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como um menino, sentia como um menino. Quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, e então veremos face a face; agora conheço em parte, e então conhecerei como sou conhecido. Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança, e o amor. Estes três.Porém o maior deles é o amor."

O amor é a inclinação da alma e do coração. O amor é Deus e Deus é amor, sem o Senhor o amor não existe, não por que Deus o trás a tona ou o tenha criado, simplesmente porque foi pelo amor do Eterno que todas as coisas foram criadas. João compreendeu essa verdade e no início do seu livro fala sobre o verbo de Deus. “No princípio era o Verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.” (João 1 1-3) Enquanto Paulo diz basicamente a mesma coisa de forma diferente: “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Romanos 8.38 e 39). Se Deus é amor e habita em nós através do Seu Espírito é necessário que em nós haja amor, não para que Deus exista, mas para que Sua morada seja completa e plena dentro do nosso coração.

Ao nos convertermos à Palavra do Senhor e entregarmos nossas vidas ao Senhorio de Cristo aceitando a vocação de Jesus, convidamos, automaticamente, o Espírito Santo para habitar em nós, sendo Ele amor, pois Deus o é, fica assim necessário que desenvolvamos esse sentimento em nós ou que pratiquemos, pela graça, as obras da fé e do amor tendo em vista que aquele que amou cumpriu a lei. Não há outro dom maior que esse e é isso que dizem as escrituras. Por outro lado há em nós uma natureza pecaminosa resultante da queda de Adão, que é a maldição da carne. Nós não somos mais pecadores debaixo do sangue de Cristo, no entanto o pecado ainda habita em nós e quando o praticamos não o praticamos por causa de Jesus, que nos torna santos, e sim por causa do pecado (Romanos 14.7-25), o sangue do cordeiro nos limpa e purifica, porém somos imperfeitos até a glória final. Graças à nossa imperfeição enxergamos o amor de forma obscura. Ou seja, o amor não habita em nós a menos que Deus faça morada no nosso coração, podemos tentar amar à nossa maneira, mas o único que pode amar do jeito correto é o Senhor Deus, já que Ele nos criou, nos entende e nos ama verdadeiramente de forma perfeita e completa. Vemos no mundo de hoje, principalmente entre os jovens, algo que chamam erroneamente de amor, gostar de alguém hoje em dia exclui, respeito, cumplicidade mútua, paciência, fidelidade, etc. Existem várias formas de "demonstrar" amor, alguns, por exemplo, para mostrar amor pelos seus amigos se afirmam parceiros e buscam provar isso brigando juntos, traindo a namorada juntos, bebendo juntos, usando drogas, enfim, há uma infinidade de formas de demonstrar afeto pelo próximo, há até aqueles que batem uns nos outros, ou mesmo se matam.

Sempre que pensarmos em um sentimento tão profundo como esse nos lembraremos do sentimento que nossa mãe tem por nós. A mãe tem um amor incondicional pelo seu filho, independe das atitudes dele, independe de qualidades ou defeitos, erros ou acertos, se um filho for embora de casa a mãe ainda assim o amará, se ele voltar ou ficar, ela continuará o amando, não precisa ser doutor pra saber que se fizermos isso com nosso cônjuge vamos, no mínimo, apanhar de panela (no caso do amor da esposa), não é necessário nem sair de casa pra apanhar de rodo, é só ligar a TV em dia de futebol quando se é casado, mas isso é outra história... É incrível como praga de mãe pega, incrível como o que ela diz que vai acontecer, acontece... De fato! Mãe parece ter uma bola de cristal. O motivo disso nós não sabemos, (essa será uma questão que, com certeza, muitos perguntarão a Deus no céu). O que a gente sabe é que amor de mãe não depende de nada para acontecer, ele simplesmente ocorre, sem que percebamos ou que seja nosso desejo, algumas vezes ele pesa, principalmente quando temos um celular que ela sabe o número, outras ele faz falta, muitos só percebem essa falta depois que perdem a mãe. O amor de mãe seria um exemplo bom de um sentimento perfeito. Porém não é isso que acontece conosco ao amarmos Deus ou ao próximo, já que está escrito que o maior de todos os mandamentos é "Amar ao Senhor Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso entendimento e de toda a nossa força" e o segundo grande mandamento é, infelizmente, "amar ao próximo como a nós mesmos." (Marcos 12.30 e 31)

A questão é: por que isso não ocorre? Por que não conseguimos amar incondicionalmente como mãe ou como Jesus amou? Muitas vezes pela corrupção do nosso coração e por causa de nossa carne, nós enganamo-nos pensando que sabemos amar. Muitos amam qualidades ou objetos de desejo, e isso não é um sentimento. Ao nos relacionar-mos com pessoas passa-se um tempo e os problemas aparecem e a nossa primeira atitude é tentar mudá-los, "problemas" que outrora nos fizeram ficar apaixonados ou entusiasmados e que, na verdade, não eram problemas no início. E é exatamente isso que praticamos conosco e com Deus. Nós nos fazemos objetos e nos preocupamos em nos mudar o tempo todo, mudar as pessoas e mudar até mesmo o Criador. Pensamos que o Senhor nos ama pelo que fazemos, a gente fica tentando acertar esperando que o Pai nos aceite, somos muito exigentes conosco mesmos, o tempo todo nos cobramos e temos medo de Deus nos reprovar, medo esse que trás legalidade para dentro da igreja, passamos a servir a Cristo por obrigação e não por felicidade. Se analisarmos bem, Cristo não amou ninguém que foi bom, ele amou aos cobradores de impostos, aos traidores, ladrões, mentirosos, sanguinários... E disse mais: Eu não vim para os sãos e sim para os doentes. Deus nos ama do jeito que somos, algumas vezes ele nos corrige, não para nos amar mais ou menos, sim por que quer que sejamos completamente felizes e por Sua soberania e sabedoria Ele nos cura de algumas falhas que nos impedem de atingir a comunhão e felicidade plena. Tem muita gente tentando acertar antes para ir para Jesus, essa é uma mentira do diabo na vida de muitos, Deus não espera de nós nada de bom, a Sua graça super abunda em nós, Jesus nunca chamou os capacitados e sim capacitou quem chamou. Precisamos desmentir isso para nós com o intuito de alcançar o total amor por Deus, depois de entendermos isso poderemos nos amar como somos e parar de exigências ou coisas do tipo, só nos amando como somos é que poderemos amar o próximo como a nós mesmos, por que pensa bem, se nós nos reprovamos ou não nos aceitamos como somos, qual a forma de amar o próximo como a nós mesmos? Reflita sobre isso. Lembre-se que eram 12 discípulos, cada um com sua característica singular, mas um completava o outro. Um cabeça dura como o Pedro, um aparecido como Tiago, outro mais meloso como João, e os três foram os amigos mais íntimos de Jesus. Traga para o contexto de hoje e crie um grupo: Um tiago que virou Joel, um Pedro que agora é Allan, um João... Bom, vamos parar por aqui!

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14 - Evangelismo no Pascoal Ramos

20, 21 e 22 - Visita aos Jovens Livres

27 - Gaj - casa do Kim - 20h

*Toda sexta-feira vigilia de oração/corujão no terreno da IPC as 23h