O serviço tercerizado tem sido, nos últimos anos, uma das melhores alternativas financeiras para as organizações. Por um lado, os empresários contratantes obtém diversas vantagens em contratar os serviços de outros empresários, que são especializados em oferecer seus serviços sem que o contratante tenha muito vínculo com o empregado. Por outro, os empresários que oferecem seus serviços lucram. Assim, é conveniente para quem contrata e também para quem oferece o serviço.
O Reino de Deus é uma organização. Diferente das organizações que temos aqui na terra, o Reino de Deus é uma organização infinita, eterna e perfeita. Esse Reino é composto de hierarquia, departamentos e pessoas que atuam em suas respectivas funções, de acordo com cada setor que o Reino desenvolve. Da mesma forma que existe conveniência nas organizações terrestres, existe nas do Reino. Nas empresas terrenas, algumas pessoas são contratadas para trabalhos rápidos, outras são tercerizadas e apesar de desenvolverem um trabalho na organização contratante, não têm nenhum vínculo efetivo com ela.
Jesus contou uma parábola e nela ele separou as pessoas em quatro grupos: 1) Pessoas que ouvem a mensagem do evangelho, mas a rejeitam; 2) Pessoas que ouvem e aparentemente a atendem, porém, o tempo mostra que elas não tinham vínculo nenhum com a mensagem; 3) Pessoas que ouvem a mensagem e criam certo tipo de vínculo com ela, mas quando surgem obstáculos no meio do caminho ou a preocupação com as riquezas, essas pessoas ficam estagnadas; 4) e pessoas que ouvem a mensagem do evangelho, contudo, não só atendem ao chamado das boas notícias, mas também têm um vínculo total, completo e profundo com a organização do Reino de Deus, de maneira que, produzem a 30, 60 e 100 por um.
É fácil identificar servos sem compromisso. Os servos sem compromisso fazem parte do grupo 2 e 3, eles são os conhecidos como crentes nominais. Tais servos dizem servir a Deus e o fazem convenientemente, assim, eles vão até onde querem ir ou até onde é oportuno para eles irem. Esses "discípulos" não compreenderam o mandamento de Cristo de renunciar a si mesmos e carregarem a sua cruz dia-a-dia. Pessoas assim lotam as igrejas, entretanto, não têm vínculos com ela. Prestam os serviços que lhe agradam, só fazem aquilo que gostam de fazer e obedecem somente àquilo que faz parte de um contrato pré-estabelecido por ela. Eles receberam a mensagem da cruz, todavia, por algum motivo não se doaram totalmente ao Reino. Algo as trava. Elas sabem que lhes falta algo, mas é confortável a conveniência de ser um servo tercerizado.
O grande problema dessas pessoas, é que elas pensam que são salvas, assim como as virgens néscias. Servos tercerizados não têm lugar no Reino de Deus. Esses trabalhadores guardam seus talentos e serão chamados de bodes, e quando perguntarem para Jesus o motivo de não entrarem no céu Ele dirá: “Não te conheço.” Essa analogia é bastante pertinente, pois, os empregados tercerizados estão cumprindo seu papel, eles trabalham e recebem seu salário, de fato, eles não têm vínculos com a empresa contratante, mas o serviço que prestam os fazem parecer funcionários efetivos.Da mesma maneira acontece no Reino de Deus. Os crentes não contratados não irão para o céu, apesar disso, pensam que irão. Eles até profetizam, curam, fazem coisas maravilhosas, mas no fundo, a motivação do coração deles não se encontra com o vínculo da renuncia e da cruz.
Talvez você esteja fazendo coisas para o Reino, talvez pense que por liderar um ministério, ir à igreja, cantar no louvor, etc. faça parte do Reino. Assim como você, outros dirão que profetizaram, curaram, expeliram demônios e fizeram sinais e prodígios em nome de Cristo, contudo, tais pessoas não têm espaço nos departamentos celestiais, eles não passaram no estágio. O céu não pode ser comprado pelos nossos serviços, ele é um dom gratuito de Deus, ou seja, o salário dos funcionários efetivos de Deus é pago antes do serviço ser realizado e a realização do serviço, por si só, não testifica a contratação. Os tercerizados também oferecem serviços, porém, a diferença entre eles e os efetivos está no vínculo. Assim, podemos concluir que servos contratados renunciam a si mesmos, têm as motivações corretas e o vínculo certo, eles produzem a cem por um, mas o fazem por amor ao Reino e não por conveniência, muito menos obrigação, entendem que o maior beneficiado do que fazem é Deus e não eles mesmos, não agem para serem vistos e seu coração é puro.
De qual grupo você faz parte?
Em Cristo,
Allan.
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