Atitudes de um sacerdote

"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;" 1 Pedro 2:9

No antigo testamento o sacerdote era o homem designado por Deus para representar o povo perante Ele. A função do sacerdote era cuidar do tabernáculo, mantendo o candelabro e os incensos acesos, entre outras coisas, e apresentar sacrifícios a Deus. O sacrifício era, normalmente, uma forma do povo de Deus admitir sua condição pecadora e ter acesso a Ele através do perdão dos pecados. Jeová aceitava o holocausto queimado pela substituição da pessoa de Cristo crucificado. O holocausto era, na verdade, uma prefigura do Cordeiro perfeito. O povo era a nação de Israel, a raça eleita e a propriedade exclusiva de Deus.

Diariamente, talvez sem perceber, apresentamos algo a Deus. A nossa vida existe para o Seu louvor. Os cristãos se tornaram, pela graça de Deus, a nação santa e hoje em dia todos nós somos sacerdotes no tabernáculos do Senhor. Precisamos manter as chamas do candelabro acesas, bem como, o incenso, através de uma vida de oração e confissão de pecados. A chama é a representação do Espírito Santo atuando em nós e o incenso é o aroma suave que Deus recebe nos céus, representando as orações do seu povo e a confissão de pecados, como o holocausto dos judeus.

Em nossa caminhada com Deus, nós devemos procurar apresentar o melhor que temos para o Senhor. É muito comum termos boas atitudes e boas ações com motivações erradas e distorcidas. Mesmo que inconscientes disso. Podemos praticar a bondade com os necessitados para comunicar uma imagem hipócrita ou para conseguir favores de Deus. Demonstramos mansidão, benevolência, sabedoria e todas as virtudes possíveis para dizer que somos moralmente corretos e que, por isso, temos o direito de receber as bênçãos de Deus. Talvez a nossa motivação não seja tão obscura assim, pode ser que o nosso desejo de agradar a Deus seja sincero e por isso procuramos praticar atos bons aos Seus olhos.

De qualquer maneira, com base nas Escrituras Sagradas, o homem é incapaz de praticar a justiça e a bondade, ambas provém de Deus. Devemos buscá-las, mas somos inaptos para produzi-las. As obras da carne são as únicas coisas que conseguimos fabricar, não, porém, o fruto do Espírito. No entanto, existe uma atitude correta em nosso relacionamento com Deus que, embora óbvia, não praticamos por sermos enganados pelo nosso narcisismo e moralismo. A atitude que Deus espera de nós é a mesma de um sacerdote, pois é isso que somos diante Dele.

Em nossa devoção, portanto, não podemos sequer pensar em apresentar a nossa moralidade, bondade ou perfeição para Deus. Não há como dizer que estamos tendo boas ações para o Pai da bondade. É uma irracionalidade dar para Deus aquilo que Ele tem plena e soberanamente. Devemos desistir de ser fariseus e de dizer: "Olha para o quanto eu sou bom, eu jejuo duas vezes por semana, sou perfeito e pratico a justiça." Existe uma coisa que Deus espera, ansiosamente, que apresentemos a Ele: o nosso pecado. O sacerdote apresentava os pecados do povo e os dele diante de Deus e é óbvio que Deus espera o mesmo de nós. O fruto do Espírito só nascerá em nós quando entregarmos para Deus as obras da carne. Não há como preencher o que está cheio, antes, temos que nos esvaziar por meio da confissão de pecados.

Deus quer que apresentemos aquilo que somos, na nossa essência, para Ele. Precisamos deixar de ser orgulhosos e cegos e confessar a nossa natureza, pedir ajuda e declarar que somos fracos, pobres, cegos e nus, sem a Sua graça. O fruto do Espírito é imprescindível para proclamarmos as virtudes Daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. O fruto, contudo, existe para a nossa edificação e para o anúncio do Reino. Para Deus não temos como apresentar frutos do Espírito, mas temos como derramar aos pés Dele as obras da carne e pedir por Sua misericórdia. Podemos acender o incenso e confessar os nossos pecados, podemos Lhe apresentar o nosso erro e receber em troca a Sua bondade, mansidão, paciência, benevolência... e assim, e só assim, nos encontraremos com a maravilhosa luz de Cristo.

Uma oração:

Senhor, ajuda-me a admitir quem sou e não permita que eu seja enganado com a idéia de que sou perfeito. O Senhor é o Cordeiro perfeito e não eu. Preciso de ti, da Tua Graça e Misericórdia para entregar o meu "eu" e renunciar a minha carne. O Senhor sonda meu coração e conhece os meus pecados. Me dê a coragem para trazer à luz o meu pecado e ser curado. Me faz lembrar que eu sou propriedade exclusiva sua e que nada mudará isso. Em nome de Jesus, amém!

Para meditar:

"Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados, e é capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também ele mesmo está rodeado de fraquezas." Hebreus 5:1,2

Em Cristo,


Allan.

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